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Pontos de vista: A vida é aquilo que passa enquanto as tecnologias correm


Nos dias que correm as tecnologias são tão necessárias como o simples facto de respirarmos. É inevitável vivermos fora da sua presença visto que vivemos num mundo que funciona em frente a um ecrã. 
 Se há alguns anos a tecnologia era arcaica e não nos permitia abrir tantas portas como atualmente, hoje, pelo contrário, é um 'mundo' imenso. Por um lado, esta abre os nossos horizontes na maneira como nos mantém a par das notícias mundiais, assim como nos permite comunicar com quem está longe (vídeo-chamadas, SMS) e serve também como forma de entretenimento. Assim, esta facilita-nos multiplamente a vida, tanto a nível pessoal como profissional. 
 Por outro lado, nós próprios fechamos tais horizontes porque dependemos tanto dela que virtualizados a nossa vida. Se, de uma forma privilegia o contacto com outros e nos aproxima deles, de outra afasta-nos porque somos incongruentes e tornamos muitos ‘amigos’ em amigos virtuais, e substituímos a conversa e o convívio real por diálogos e ‘convivências’ no Messenger ou no Whatsapp. Esta situação leva-nos a mostrar aos outros aquilo que fazemos, pois publicamos tudo e esquecemo-nos de viver. A sociedade está a ficar corcunda. Por onde quer que passemos há um aparelho entre as mãos da maior parte e cabeças inclinadas para ele, em jeito veneração, esquecendo-se que a vida é aquilo que passa enquanto estamos agarrados a um telemóvel. A dependência está a tornar-se gradativa ao ponto de os brinquedos estarem a ser substituídos por jogos e vídeos através de em ecrã. É triste ter de reconhecer que a infância está a perder a sua essência, está a desaparecer. A infância que ainda se mantém mais consistente é a daqueles que não têm acesso a esses aparelhos, muito pobres não sabem a sorte que têm por não poder comprá-los! 
A falta de tempo dos pais leva à recompensa pela sua essência perdida na quota de telemóveis, tabletes e computadores. Pagam o tempo e as vivências ausentes com dinheiro, tentando compensar aquilo com que lhes faltam. A insustentabilidade desta geração é evidente quando para se entreter uma criança se lhe apresenta um telemóvel ou um tablet. É o vício mais banal da nossa sociedade. Já não parece possível vivermos sem passarmos horas a fio a olhar para um ecrã. Fugimos à realidade através de redes sociais que nos permitem abstrair e fugir dela na sua concretização.
A educação está a falhar, não é correto o uso precoce de tecnologias como o telemóvel pois estamos a limitá-los. As crianças estão a deixar de sair para brincar, jogar e conviver com as outras, ao invés disso estão em casa no vício.
A falta de tempo está a criar gerações tecnológicas onde a presença da família e amigos é trocada por um sinal de wi-fi.

Texto:Tânia Coelho - 11ºC
Ilustração: Gonçalo Coelho - 7º ano - Escola das Naus

(Texto produzido no âmbito da disciplina de Filosofia. Coordenação e revisão de texto: Prof. Fernando Ildefonso)

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